Resolução de conflito: por que fugir do problema não resolve — e o que fazer diferente
- Equipe ICNVB
- 9 de abr.
- 3 min de leitura

Você cresceu em um ambiente onde toda conversa difícil parecia virar um confronto? Onde falar sobre um problema só piorava a situação?
Se sim, você não está sozinho(a).
Muita gente aprendeu, ainda criança, que o silêncio era mais seguro do que o diálogo. Que conversar era perigoso. Que trazer um problema à tona podia machucar ainda mais.
E, sem perceber, acabam carregando para a vida adulta a ideia de que fugir é a melhor saída. Tentando evitar o desconforto, muita gente se distancia do que mais deseja: relações vivas, autênticas e confiáveis.
Quando conversar parece mais perigoso do que ficar em silêncio
Talvez você reconheça padrões como:
Evitar o assunto e fingir que nada está acontecendo.
Se fechar e construir muros emocionais.
Explodir e atacar antes que o outro ataque.
Esses mecanismos são tentativas de proteger seu espaço emocional. Mas, na prática, eles não resolvem o que precisa ser cuidado.
Fugir do conflito não resolve o conflito
Aqui vai uma verdade desconfortável — mas que muda tudo: Evitar o problema não faz o problema desaparecer.
Pelo contrário. Quando fugimos das conversas difíceis:
Padrões de comportamento se repetem.
Feridas emocionais seguem abertas.
A distância entre as pessoas cresce silenciosamente.
A falsa sensação de harmonia esgota — e pode até levar ao fim de relações que poderiam ser nutridas e fortalecidas quando há disposição para conversar e viver a resolução do conflito como um cuidado com a relação.
Conversar sobre o problema não deve ser um problema
Se você cresceu em um ambiente que evita conflitos, você provavelmente aprendeu que conversar sobre o problema é o que faz o problema existir.
Mas conversar não é sinônimo de brigar.
Conversar sobre o problema, com presença e intenção de compreender, é o caminho que cria conexão entre vocês e que permite que encontrem juntos uma boa solução.
A resolução de conflito começa quando deixamos de ver a outra pessoa como oponente, e passamos a vê-la como alguém que, assim como nós, tem sentimentos e necessidades que querem ser reconhecidos.
É assim que a Comunicação Não Violenta transforma relações: Tirando o conflito da lógica de vencer ou perder — e trazendo para o campo da compreensão e construção colaborativa.
Quando o impulso diante do conflito é fugir ou atacar, o que fazer?
Se seu impulso é fugir ou se defender, saiba:
Você não precisa se forçar a conversar de qualquer jeito.
Antes, faça uma pausa. Respire. Pergunte a si mesmo(a):
🧡 O que eu realmente quero aqui?
🛡️ Do que estou tentando me proteger?
Essas perguntas simples te devolvem para o que importa — e abrem espaço para escolhas mais conscientes.
Como começar a praticar a resolução de conflito?
Se você quer mudar a forma como lida com conversas difíceis, comece assim:
🔹 Tome uma pausa antes de responder ou reagir.
🔹 Se pergunte o que realmente importa para você e para a relação.
🔹 Lembre que o foco não é resolver o problema imediatamente. Mas sim, entender o que é importante para vocês - e a partir dessa compreensão encontrar caminhos que façam sentido.
Cada pequeno passo nessa direção fortalece sua capacidade de transformar conflitos em oportunidades de crescimento e conexão.
Quer aprender recursos que vão te ajudar na resolução de conflito na prática?
O Na Base da Conversa é o espaço ideal para quem quer deixar de fugir de conversas difíceis e começar a transformar suas relações de forma real e possível.
Nele, você vai aprender a:
Se expressar com autenticidade, sem ferir o outro.
Escutar sem reagir no impulso ou fugir do que importa.
Transformar tensão em conexão, mesmo em conversas delicadas.
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E você?
Faz sentido pra você? Conta aqui nos comentários: você já se identificou com esse padrão de evitar ou reagir nas conversas difíceis?
🧡 Compartilhar sua história pode ser o primeiro passo para transformar seu jeito de se relacionar.
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